Poesia: a dança dos meninos de Covas do Barroso

[…] por tudo isto, Lídia, quando (ou) vires um gentleman faz-lhe uma figa ou, se o entenderes, um signo-saimão na encruzilhada em que venha a passar, preferível como um ouriço é arranhar as tripas do Marão, soltar lá de cima um viva cor de fogo e vir passar um serão valsado com a tuna de Meneses, lembras-te das maias e daquele grupo de meninos de Covas de Barroso, dançam tão bem, dizias, e cantavas com eles a história da pastorinha que voou com o vento e subiu aos palácios da manhã, cultura, enfeite de música nas rugas da montanha, ah este povo que se embebeda nas feiras, joga o pau sem boas maneiras e cultiva gerânios contra a noite no vale de Aguiar [...]

Extracto de um poema de António Cabral (Projecto Vercial) denominado “Entre o Azul e a Circunstância” do livro Antologia de Poemas Durienses (pág. 85), Edições Tartaruga

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