Etnografia: Balada de Santa Irene - versão de Covas do Barroso

0173:49 Santa Irene (6+6 á-a+estróf.) (ficha nº: 7638)

Versão de Covas de Barroso (c. Boticas, dist. Vila Real, Trás-os-Montes, Portugal). Recolhido antes de 1960. Publicada en Leite de Vasconcellos 1958-1960, II. 11-12. Reeditada en RºPortTOM2000, vol. 4, nº 1530, p. 276. © Fundação Calouste Gulbenkian. 034 hemist. Música não registada.


Estando eu à minha janela, cosendo na minha almofada,
2 passou cavaleiro, pediu-me pousada.
Meu pai não lha deu, porque não gostou nada,
4 mas deu-lha minha mãe, por ser confiada.
Entrou p`ra dentro, pousou a espada.
6 No meio da noute a mim me levou;
no meio do monte me degolou;
8 fez uma cova, ali me enterrou.
Dali por sete anos, por ali passou.
10 --Pastorinhos, que guardais o gado,
que ermida é aquela, lá naquele adro?
12 --É Santa Iria, que morreu degolada.
--Ó Santa Iria, meu amor primeiro,
14 perdoa-me a morte, que eu serei teu romeiro!
--Não perdoo, não, ladrão carniceiro,
16 dos meus cabelinhos fizeste dinheiro;
do meu pescocinho fizeste carneiro.--

Visto em Pan Hispanic Ballad Project


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